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sábado, 27 de julho de 2013

Capitulo 4

 Jeniffer apertou os olhos por causa da claridade, aos poucos foi se acostumando e se levantou. A noite havia sido cansativa, ela terminou de arrumar seu quarto. Foi para o banheiro e tomou um banho para acordar. Quando saiu se enrolou na toalha e foi para frente do armário, depois de minutos tentando escolher uma roupa se decidiu. Como estava frio colocou uma calça jeans, que colava em suas pernas, uma blusa roxa, e um moletom. Calçou tênis, estava simples mais confortável e quente. Olhou no relógio e viu que estava atrasada, buscou um pacote de bolacha e saiu de casa as pressas.

***

- Bom Dia Jenny! - Encontrou Ágata sorridente. 
- Bom Dia! - Sorriu.
- Você parece cansada.
- Não me acostumei com o horário.
- É meu segundo ano aqui. Ja estou acostumada.
- Como assim segundo ano?
- Repeti da primeira vez. - Riu - Mais era um professor chato que nos dava aula. Gosto do Thiago.
- Você já o conhecia né?
- Na verdade é porquê ano passado ele era professor na área de Pedagogia. 
- Ah, entendi.
- Por que você escolheu Psicologia?
- É uma área que tenho interesse.
- Eu gosto de psicologia, mais preferia medicina.
- Por que não faz?
- Não me daria muito bem com sangue. - jeniffer gargalhou.

 O sinal tocou e as meninas entraram na sala. Sentaram cada uma em seu lugar e o professor entrou.

***

 É como se fosse inevitável reparar em cada movimento dele, no como sua voz sai suave para responder a todos, e a como ele é empolgado para dar aula. E mais uma vez parou no olhar nele, os olhos brilhavam, e pareciam tão felizes quanto ele, mais ainda havia um ponto de interrogação lá no fundo daqueles olhos. Quando o sinal pro almoço soou ela se levantou, pegou seu pacote de bolacha e esperou Ágata, as duas eram uma das ultimas que saiam.

- Jeniffer. - Ouviu Thiago a chamar. Ágata a olhou maliciosa e jeniffer lhe deu um tapa. 
- Te espero la fora. - Disse a menina rindo e saindo. 
- Sim. - Foi até ele.
- Eu estou precisando de uma ajudante, e pensei se você poderia...
- Sim. - Falou não o deixando terminar, ele riu.
- Tudo bem. Então depois das aulas vai na sala dos professores para conversarmos.
- Sim. - Saiu da sala dando um tchau com a mão, foi pro pátio. 

***

- Isso é totalmente besteira. - Jennifer tentava convencer Ágata que insistia em falar que Thiago a olhava diferente.
- Jenny, pense, por que ele te escolheria para ser ajudante?
- Ei. - Se sentiu ofendida e Ágata riu.
- Não que você seja ruim. Mais você quase não diz nada na aula.
- Não sei Ágata, mais também isso não importa.
- Tudo bem. - Finalmente se rendeu.

O sinal tocou e voltaram para a aula, Jennifer estava pensativa e não conseguiu prestar muita atenção. Tudo parecia tão confuso, por que ele a escolheu? Ela queria ao menos parar de sentir o que sente quando ele esta por  perto.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Capitulo 3

 Quando acordou era seis da tarde. Foi ao banheiro e se enfiou em baixo da água morna. Relaxou seus músculos e saiu enrolando a toalha na cintura, foi ao quarto encontrando Laura.

- Vou começar a me arrumar ainda, troque Manuel para mim?
- Sim. 

Ela entrou no banheiro e ele se trocou, optou por uma camiseta e uma bermuda, calçou um tênis e passou seu perfume. Foi ao quarto do filho que brincava com seus carrinhos.

- Ei garotão. Vamos se trocar para ir na casa da vovó?
- Vamos fazer o que lá? - Foi pro colo do pai.
- Jantar, vovó quer te ver.

 Arrumou o filho com uma calça de moletom, uma camiseta que continha o desenho do Ben 10, desenho favorito do garoto, e um tênis que acendia luizinhas, Manuel amava aquele tênis. Desceram e esperaram Laura, assim seguiram todos para a casa dos pais dela.

***

 Thiago mantinha a cabeça longe, não gostava muito de vir a casa dos sogros, por mais que adorasse a Senhora Clarice, ela era simpática e adorável, mais ele sentia um desconforto por parte do senhor Natan. Foi acordado por cutuques de Laura.

- Sim?
- Amor, minha mãe nos fez uma pergunta.
- Desculpa, estava pensando.
- Tudo bem! - Sra. Clarice sorriu - perguntei, quando me darão mais netos. Thiago olhou Laura que sorria, voltou o olhar para Clarice e fingiu um sorriso, não que não amasse Laura. Mais não achava que ela desse conta de mais um.
- Acho que só daqui uns anos. Não estamos pensando em ter filhos agora. - Ele disse sorrindo.
- Ah sim! - Clarice olhou a filha. - Laura me parece estranha.
- Não é nada mamãe. - Sorriu.

***

- Como pôde dizer aquilo a minha mãe? - Laura estava nervosa, Thiago dirigia e Manuel dormia no banco de trás.
- Só disse a verdade. Não quero filhos agora Laura, você não consegue cuidar nem de Manuel, imagine mais um.
- acha que eu não sou uma boa mãe? é isso? Só por que não mimo meu filho? Não minto falando que os desenhos dele são maravilhosos?
- Não é só isso. Mal posso sustentar você e suas manias de compras, imagine mais um bebê. Teria que arranjar mais um emprego.
- Oras, vai começar a reclamar de a única coisa que me faz bem?Que me faz se sentir bonita para receber meu marido em casa?
- Te acho linda sem toda aquelas jóias e toda aquela maquiagem. Você gasta o desnecessário, é só isso.
- Ja chega. Se é isso que você quer, vou deixar de me divertir no shopping com minhas amigas por causa de você.
- Laura, eu...
- Esquece Thiago. Esquece.

 Seguiram o resto do caminho em silêncio. Quando chegaram em casa cada um foi para seu canto, se juntando apenas para dormir. Thiago não podia negar, estava cada vez pior conviver com Laura, não sabia o que tinha acontecido com seu casamento, até então estava tudo ótimo, mais ela simplesmente mudou, ele também mudou, e o amor que ele sentia por ela também, só tinha que aceitar que talvez seu casamento esteja a beira de acabar. E todo aquele juramento até a morte, iria por água a baixo.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Capitulo 2

 Estava se sentindo uma idiota diante de Thiago. Assim que sua respiração voltou ao normal  desceu o olhar para as próprias mãos, o que ele iria pensar sobre ela agora.
 
- Oi? - Ela notou aquele homem confuso em sua frente.
- Me desculpe, não estou muito bem. - Mentiu e o viu assentir. - O que o senhor estava falando?
- Por favor, sem senhor, apenas Thiago. Na verdade só te chamei pois estranhei você ainda estar aqui.
- Eu estava na biblioteca pegando uns livros.
- Ah. claro. - Olhou os livros que ela "abraçava" - Ótima escolha.
- Sim. 
- Bom, eu tenho que ir, estou atrasado.
- Esposa? - Sorriu
- Na verdade preciso pegar meu filho no colégio.
- Ah, você tem filhos?
- Um menino. De 5 anos.
- Então casou cedo? - Começaram a andar para a saída.
- Sim. Casei com 22. 
- Como é o nome da sua mulher?
- Laura.
- Lindo nome. E seu filho?
- Manuel. - Sorriu a olhando - na verdade eu queria Daniel. Mais como sabe, mulheres decidem, nós apenas damos sugestões. 
- Acho Daniel bonito. Nome de anjo. Meu primo chama Daniel. - Chegaram no estacionamento.
- Agora eu vou mesmo.
- Eu falo demais. - Riu nervosa - Até amanhã.
- Até amanhã. - Ele sorriu e ela se virou indo embora.

***

 Fazia poucos dias que ela estava naquela casa, colocou os livros encima de uma caixa de papelão e olhou a bagunça da mudança. Nunca terminaria de arrumar tudo. Foi para a cozinha em busca de um lanche, abriu a geladeira e pegou o bolo que havia comprado na noite passada. Encostou no balcão e colocou uma colherada na boca, se lembrando dos acontecimentos da manhã. Sorriu. Achava ele tão elegante e descolado ao mesmo tempo. Conseguia ver em seus olhos algo desconhecido, ele tinha algo que escondia muito bem. Por que se sentia tão diferente perto dele? Por que pensa tanto naqueles olhos, naqueles lábios, naquelas mãos, céus como em um dia conseguia colocar uma pessoa em sua cabeça e não conseguia tirar. Um homem casado, de família, com um filho novo, amado pela esposa, e com certeza ele a ama  igualmente. Deve ter a vida perfeita. Ou não. Mais ela preferia achar que sim. Tinha que esquece-lo. Colocou o prato sujo na pia e foi pra sala. Tinha que se distrair, tinha que arrumar a casa. Por que não ajuntar o útil ao agradável?Nem tão agradável assim. Não suportava arrumar a casa.

***

- Pai! - Manuel pulou em seu colo.
- Ei garoto. - Thiago sorriu ao pegar o filho.
- Você demorou. 
- De novo né.
- De novo. - O menino sorriu
- Vamos para casa. - Thiago seguiu para o carro.
- Fiz um desenho. Mais não ficou bom.
- Como assim?Todos os seus  desenhos são bons.
- São?
- Claro. Acho até que quando crescer pode ser artista. 
- Mamãe não acha.
- É porque ela nunca reparou no grande artista que você é.

 Colocou o filho no banco de trás e seguiu para a casa. Quando adentrou a sala o menino saiu correndo pra cozinha, Thiago sorriu e colocou suas coisas na mesa.

- Oi Amor. - Laura descia as escadas sorrindo. - Vou ao salão hoje. De noite temos um jantar.
- Onde? - Perguntou se sentando no sofá.
- Na casa de minha mãe. Ela quer ver Manuel.
- Falando em Manuel. O que você disse para o menino sobre os desenhos dele?
- A verdade. - Sorriu sentando no colo do marido - Que são apenas palitos com roupa.
- Laura! - A repreendeu.
- O que foi? Queria que eu tivesse falado que estava maravilhoso e que ele era um artista?Para que iludir o menino se não é verdade? - Ele a tirou de seu colo e se levantou.
- Ele é apenas um garoto. Precisa ter sonhos Laura.
- Sonhos. Só se tem sonhos dormindo.
- Vou subir. Estou muito cansado. Me faz um favor? Tente não desapontar Seu Filho! - Subiu as escadas a deixando sozinha. 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Capitulo 1

 Ela era apenas a novata naquela faculdade, andava pelos corredores cheios, a cada canto um grupo diferente, mais não consegui se encaixar em nenhum. Esta cursando o seu primeiro ano na faculdade de Medicina, mais ainda se sentia um pouco confusa sobre o que pretendia ser. Talvez a confusão fazia parte de sua vida. Garota simples com um bom coração, cérebro no lugar, não gostava de ser vulgar, apesar de se apreciar e passar horas na frente do espelho escolhendo uma roupa que chamasse a atenção. O que ela não sabia era que nessa faculdade era tudo diferente, e apenas era notada aquelas que tinham apenas metade da roupa que ela vestia.
 Achou sua sala e adentrou ao local, se dirigiu a uma carteira vazia, se sentia estranha, tinha seus 19 anos mais se sentia diferente de todos aqueles em sua volta. Olhou em certo ponto e viu os meninos julgados populares, pensou que isso era de tempo de colégio e não faculdade. Ouviu o barulho da porta e seu olhar seguiu os lindo olhos castanhos daquele que adentrou o local sorrindo, seus cabelos levemente bagunçados e seus lábios pouco rosado, sua pele branca e seu corpo musculoso que lhe causou arrepios. Aquelas mãos, ó aquelas mãos, grandes e com certeza eram macias. Imaginou aquelas mãos tocando seu braço a puxando para um abraço e aqueles lábios tocando os seus. Seu beijo teria que gosto?mel, morango, uva, menta...

- Bom Dia!Sou Thiago, o novo professor de vocês. - Aquela voz rouca e suave, parecia melodias de uma boa musica cantada baixinho no pé do ouvido, aquela que te arrepia e que te deixa mole. 

 10 segundos de consciência, quando escutou o professor se apresentar e dizer que era noivo, alias o que ela estava fazendo pensando em um homem bem mais velho, e no quanto as mãos dele deviam ser macias. Sugou todo o ar que precisava e soltou de uma vez, relaxando e deixando com que seus olhos fechassem descansando.

***

- Olá sou Ágata. - Uma menina um tanto sorridente parou a sua frente no corredor.
- Jeniffer, mais me chame de Jenny por favor. - Foi simpática.
- Jenny, gostei. - Sorriu em aprovação - Quer passar o intervalo comigo Jenny?
- Seria ótimo. - Sorriu e se juntou a menina na ida ao pátio. 

***

 Ágata era um tanto simpática, entre conversas Jeniffer descobriu que a menina cursava o segundo ano de Advocacia, tinha um namorado em uma cidade distante, e gostava de cupcakes, uma informação um pouco desnecessária,  mais é uma palavra que não parava de sair da boca da menina.

- O Professor Thiago é novo aqui? - Jeniffer perguntou a Ágata.
- Não, entrou ano passado.
- Sim.
- A noiva dele é irritante. - Ágata disse revirando os olhos - Ele tem 28 anos, não acha um desperdício?
- O que?
- Tudo aquilo. Comprometido com uma sem sal. Sinceramente não sei o que esses homens de hoje em dia tem, quanto menor é o cérebro da mulher, mais eles gostam. - Jeniffer riu.
- Sim, ele é bem bonito.
- Se interessou? - Falou risonha
- O que? - Gargalhou - Ele é apenas meu professor. 
- Não sei, vai que finalmente chegou uma aluna a altura daquele Guy. 
- Não pense besteiras menina. Não sou dessas de hoje em dia.
- mais um motivo pra virar minha amiga. - As duas riram e voltaram as aulas. 

 Jeniffer achava toda essa história boba, apesar de achar o homem muito bonito, mais quem não cairia em tentação, talvez ela não seja a única que sentiu todo aquele calor, a hora que ele entrou naquela sala.

***

- Jeniffer Louise? - Ela ouviu aquela voz ecoando pelo corredor vazio e se virou automaticamente encontrando os olhos dele, e aquele sorriso maroto que tirava todo o ar que ela tinha, o viu se aproximar e com isso sentiu seu coração acelerar, e a cada centímetro que ele ficava mais perto, mais falhava sua respiração. Podia sentir borboletas no estômago e suas pernas amolecerem com a chegada dele, o mesmo apenas parou na frente dela a olhando e notando sua palidez. - Esta bem? - Oras, ele estava a centímetros de seu corpo, e ainda perguntava se ela estava bem?Será que ele nunca percebeu o quanto mexe com o psicológico de suas alunas?Isso explica tudo. TUDO!

O Amor

 Ela andava pelas ruas, em seu rosto a marca das lagrimas que um dia poderiam ser de alegria. Nas mãos estava seu salto e na cabeça aquele menino dos confortáveis abraços. Pisando no asfalto molhado, pelo céu que chorava em desespero. Gritos a alcançava de longe, mais ela permanecia sem olhar para trás. Como aquela musica que sua mãe cantava, que dizia que o amor iria a derrubar. Sentiu a proximidade daquele corpo quente e confortante, só queria poder olhar pra Lua e viajar pro seu mundo distante.
 Ele a segurou firme a fazendo virar, seu olhar cruzou com o dela e podia senti-la vibrar. Não sabia o que falar para aquela adorável garota que amará, pois não achava palavras para explicar, o quão arrependido ficou, quando traiu seu próprio amor. O que dizer, o que fazer...Lhe tomou aos braços e deixou que a chuva os lavasse levando tudo que já havia passado, sem mentiras para ser julgado. Só queria poder a amar do jeito que era amado. Só queria aquela garota eternamente em seus braços.

Amadurecer!

 Me lembro desse final de semana, minhas tias conversando sobre "amadurecer" e a pergunta que ficou no ar foi, se as meninas se transformam em mulher quando ficam "mocinha", os meninos viram homem quando(?)
 Agora eu tenho a resposta, os meninos viram homem quando assumem a responsabilidade de amar apenas uma garota na vida e constroem com ela uma história baseada não em "sexo" e sim em amor e fidelidade.